O outono é a época ideal para a vacina da gripe na população brasileira.  Embora seja formalmente indicada para determinados grupos, todos podem se beneficiar com este tipo de imunização, incluindo pacientes com UCE.

Os pacientes com UCE tem a qualidade de vida extremamente comprometida.  Imunobiológicos como o omalizumabe, ou imunossupressores como a ciclosporina, são altamente eficazes no controle dos sintomas.  Cerca de 40% dos pacientes com UCE não respondem aos anti-histamínicos e necessitam de alguma medicação deste tipo.  Mas será que por agirem no sistema imunológico contra-indicam a vacinação?

O omalizumabe, um imunobiológico utilizado na asma e na UCE, é um anticorpo monoclonal (feito em laboratório) que se liga a um outro anticorpo chamado IgE.  A IgE está relacionada a determinadas doenças alérgicas e infecções parasitárias, mas não a defesa contra vírus ou bactérias.  Assim, o omalizumabe não interfere na resposta imunológica, e pacientes em tratamento podem receber a vacina da gripe.

A ciclosporina, por sua vez, é um imunossupressor.  Dependendo da dose utilizada, pode interferir de forma mais ou menos acentuada na resposta imunológica.  E por isso pode ser utilizado tanto em doenças “alérgicas” (ex. dermatite atópica e a UCE), como em doenças auto-imunes graves e na prevenção da rejeição de transplantes.  Dessa forma, vacinas produzidas com vírus vivo atenuado são contra-indicadas nos pacientes com tratamento com esta medicação (ex. vacina da febre amarela).  No entanto, a vacina da gripe utilizada no Brasil é feita com o vírus morto.  Ou seja, ela não provoca infecção após a sua administração.  Assim, não há contra-indicação para os pacientes tratados com ciclosporina.

A prevenção de quadros infecciosos como a gripe é extremamente importante nos pacientes com UCE.  Infecções são causa frequente de exacerbação dos sintomas de urticária.  Mantenha sua urticária controlada com o tratamento e prevenção adequados, até que ela entre em remissão.