Urticária
A urticaria acomete uma em cada cinco pessoas, e é caracterizada pelo aparecimento de lesões avermelhadas, elevadas, que aparecem e desaparecem, e coçam muito. Tem um grande impacto na qualidade de vida, principalmente na sua forma crônica.
O diagnóstico é clínico, mas exames laboratoriais podem ser úteis no sentido de avaliar a gravidade e os mecanismos envolvidos. O tratamento é desafiador, especialmente nos casos refratários.
O Dr. Luis Felipe é co-autor das Diretrizes Internacionais para o Diagnóstico e Tratamento da Urticária e coordenador do Centro de Referência e Excelência em Urticária (UCARE) da UNIFESP. Participa como conferencista de eventos nacionais e internacionais sobre o tema.
Angioedema
O angioedema é caracterizado por um inchaço súbito, deformante, que pode acometer lábios, língua, pálpebras, genitais e extremidades, e provoca uma sensação dolorosa no local, podendo durar até 2-3 dias. É uma das manifestações da urticaria, mas também pode aparecer isoladamente.
No Brasil a causa mais frequente são os medicamentos do tipo anti-inflamatórios. Formas raras e potencialmente graves, de origem genética, podem acontecer (angioedema hereditário).
Alergia/Hipersensibilidade a Medicamentos
As reações aos medicamentos podem se manifestar de diversas formas na pele. Embora qualquer medicamento possa causar alergia, os anti-inflamatórios e antibióticos são os mais frequentemente envolvidos.
As reações podem ser leves, como em uma urticaria, ou potencialmente graves, como na anafilaxia e síndrome de Stevens-Johnson.
Os testes cutâneos e de provocação são importantes para o diagnóstico, uma vez que menos de 50% das pessoas que pensam que tem alergia a medicamentos são alérgicas de fato. Para aqueles comprovadamente alérgicos e que necessitam da medicação envolvida na reação, a dessensibilização pode ser uma alternativa para o tratamento.
Membro da European Network for Drug Allergy e do Comitê de Alergia a Drogas da Sociedade Latinoamericana de Alergia, Asma e Imunologia, o Dr. Luis Felipe participa como palestrante sobre o tema em congressos nacionais e internacionais. Possui uma linha de pesquisa em Alergia a Medicamentos desde 2003, atualmente desenvolvida na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Anafilaxia
A anafilaxia é a forma potencialmente mais grave de alergia (choque anafilático). Pode ser causada por medicamentos, alimentos, veneno de insetos (abelha, vespa e formiga), látex, entre outros. O diagnóstico é fundamental, e baseado numa história clínica bem feita, associada a testes alérgicos e exames laboratoriais. O tratamento deve ser imediato nestes casos, mas o ponto principal é a prevenção de novas reações.
Dermatite atópica
Caracterizada por lesões do tipo “eczema” principalmente nas flexuras, a dermatite atópica é mais frequente em pacientes com alergia respiratória. A base do tratamento é a hidratação da pele.
Casos mais graves devem ser tratados com medicamentos sistêmicos. Uma série de novas opções de tratamento estão chegando nos próximos meses, o que dará uma nova perspectiva aos pacientes mais graves.
Dermatite de contato
Causada pelo contato de substâncias com a pele (como esmalte e tinturas de cabelo), as dermatites de contato tem o diagnóstico confirmado pelo teste de contato, ou patch test.
Alergias respiratórias
A asma (popularmente conhecida como bronquite) e a rinite acometem até 30% da população. O diagnóstico clínico é confirmado por testes alérgicos e exames laboratoriais.
O tratamento é eficiente na maior parte dos casos, e envolve a higiene ambiental, uso de medicamentos e a imunoterapia alérgeno-específica.
No entanto, a asma grave ainda é uma importante causa de morte em nosso país. Uma série de novos medicamentos tem sido desenvolvidos para a asma moderada e grave. No Centro de Pesquisa CPAlpha, o Dr. Luis Felipe realiza estudos clínicos com novos medicamentos para asma e alergias em geral.